trocar uma palavra contigo.
O Cavaleiro das Flores não teve escolha a não ser seguir nos seus
calcanhares, como o cachorrinho que era. Cersei esperou até estarem nas
escadas em espiral antes de falar.
— O que era aquilo, me diga?
— Minha irmã — ele admitiu. — Sor Tallad, Sor Dermot e Sor
Portifer estavam montando na Justa, e a rainha sugeriu que Vossa Graça
gostaria de ter um turno.
Ele a chamou assim para provocar-me.
— E você fez?
—Eu ajudei Vossa Graça a colocar sua armadura e mostrei a ele
como treinar sua lança — respondeu.
— Aquele cavalo era muito grande para ele. E se ele caísse? E se o
saco de areia tivesse amassado a cabeça dele?
— Contusões e lábios sangrando fazem parte de ser um cavaleiro.
— Começo a entender porque seu irmão é um aleijado. — Isto tirou
o sorriso do lindo rosto dele, ela ficou feliz em ver. — Se porventura meu
irmão falhou em explicar as suas obrigações, sor. Você está aqui para
proteger meu filho dos inimigos. Treiná-lo para cavalaria é da competência
do mestre de armas.
— A Fortaleza Vermelha não tem um mestre de armas desde que
Aron Santagar foi morto — Sor Loras disse, com uma pontada de
reprovação em sua voz. — Vossa Graça tem nove anos e está ansioso para
aprender. Na idade dele ele deveria ser um escudeiro. Alguém tem que
ensiná-lo.
Alguém irá. Mas não será você.
— Diga-me, de quem foi escudeiro, Sor? — Ela perguntou
docemente. — Sor Renly, não foi?
— Tive a honra.
—Sim, imagino quanta. — Cersei havia visto quão apertado eram os
laços entre escudeiros e os cavaleiros a que serviam. Ela não queria Tommen
crescendo próximo a Loras Tyrell. O Cavaleiro das Flores não era o tipo de
homem para nenhum garoto imitar. — Eu tenho sido descuidada. Com um
reino para governar, uma guerra para lutar, e um pai para lamentar, talvez eu