O broche que prendia o manto de Sor Bryden Tully era um peixe
negro, forjado em jato e em ouro. Seu anel era cruel e cinzento.
Acima disso ele usava perneiras, gorjal, manoplas, ombreiras e
polainas de aço enegrecido, nenhuma peça nem metade tão escura quanto o
olhar em seu rosto enquanto esperava por Jaime Lannister no final da ponte
levadiça, sozinho em um corcel castanho ajaezado em vermelho e azul.
Ele não me ama. O Tully tinha um rosto desgastado, profundamente
enrugado e queimado pelo vento, debaixo de um coque de um duro cabelo
grisalho, mas Jaime ainda podia ver o grande cavaleiro que uma vez havia
encantado um escudeiro com os contos dos Reis Nove Centavos. Os cascos
de Honra batiam contra as tabuas da ponte levadiça. Jaime tinha pensado
muito se deveria usar sua armadura de ouro ou a branca para este encontro;
no fim ele escolheu um manto de couro e uma capa escarlate.
Ele parou a uma certa distancia de Sir Bryden e inclinou a cabeça
para o homem mais velho.
— Regicida. — Disse Tully.
Assim ele faria desse nome à primeira palavra a sair de sua boca, o
que faria Jaime o xingar de diversas formas, mas ele estava resolvido a
manter a calma.
— Peixe Negro, — ele respondeu. — Obrigado por vir.
— Eu suponho que você voltou para cumprir os juramentos que fez
a minha sobrinha, — Sor Bryden disse. — Se bem me lembro, você
prometeu a Catelyn suas filhas em troca de sua liberdade. Sua boca se
apertou. E ainda assim, eu não vejo as garotas, onde elas estão?
Ele vai me fazer dizer isto?
— Eu não as tenho.
— Que pena. Você deseja retornar ao seu cativeiro? Sua cela antiga
ainda está disponível. Pusemos junco fresco no chão.
E um agradável balde novo pra eu cagar, não duvido.
— Foi atencioso da sua parte, sor, mas eu temo que devo recusar. Eu
prefiro o conforto do meu velho pavilhão.
— Enquanto Catelyn desfruta o conforto de seu túmulo.