— Levará meio ano ou mais para levar Pedra do Dragão à submissão
pela fome, como Lorde Paxter quer fazer. Dê-me o comando, Vossa Graça.
O castelo será seu em uma quinzena, nem que tenha que derrubá-lo com as
minhas próprias mãos.
Ninguém tinha dado a Cersei um presente tão adorável desde que
Sansa Stark correu a ela para revelar os planos de Lorde Eddard. Estava
satisfeita de ver como Margaery tinha ficado pálida.
— Sua coragem me tira o fôlego, Sor Loras — disse Cersei. —
Lorde Waters, algum de nossos novos dromondes está preparado para ser
lançado ao mar?
— Doce Cersei está, Vossa Graça. Um barco rápido, e tão forte
como a rainha da qual obteve o nome.
— Esplêndido. Vamos deixar Doce Cersei levar nosso Cavaleiro das
Flores para Pedra do Dragão imediatamente. Sor Loras, o comando é seu.
Jura-me que não retornará enquanto Pedra do Dragão não for de Tommen.
— Eu juro, Vossa Graça. — Ele levantou.
Cersei o beijou em ambas as bochechas. Beijou também sua irmã, e
sussurrou:
— Você tem um irmão galante. — Ou Margaery não teve a
elegância de responder, ou o medo tinha roubado suas palavras.
A alvorada estava a várias horas de distância quando Cersei se
esgueirou pela porta do rei atrás do Trono de Ferro. Sor Osmund foi a sua
frente com o archote e Qyburn caminhava ao seu lado, caminhando em
pequenos passinhos. Pycelle tinha que se esforçar para acompanhar.
— Se vossa graça me permite — ele ofegou — jovens são muito
ousados, e pensam somente na glória da batalha, nunca em seus perigos. Sor
Loras... o plano dele é repleto de perigos. Para invadir as muitas muralhas de
Pedra do Dragão…
— ...tem que ser muito corajoso.
— ...corajoso, sim, mas...
— Não tenho dúvidas que o nosso Cavaleiro das Flores será o
primeiro homem a ganhar as ameias.
E talvez o primeiro a cair. O bastardo bexiguento que Stannis tinha
deixado para manter seu castelo não era nenhum campeão de torneio