imaculado mármore branco. Estavam até aninhados nos degraus, sob as altas
portas do Grande Septo. Sor Osmund regressou a trote para junto dela. A seu
lado seguia Sor Osfryd, montado num garanhão tão dourado como o seu
manto. Osfryd era o Kettleblack do meio, mais calado do que os irmãos,
mais inclinado a franzir a sobrancelha do que a sorrir. E também mais cruel,
se as histórias forem verdadeiras. Talvez devesse tê-lo enviado para a
Muralha.
O Grande Meistre Pycelle quisera um homem mais velho, “mais
experiente nos usos da guerra”, para comandar os homens de mantos
dourados, e vários dos outros conselheiros tinham concordado com ele.
— Sor Osfryd tem suficiente experiência — dissera-lhes, mas nem
mesmo isso os calara. Ladram-me como uma matilha de cãezinhos
irritantes. Já praticamente esgotara a paciência com Pycelle. O homem até
tivera a temeridade de levantar objeções quando falara em mandar buscar um
mestre de armas em Dorne, com o argumento de que isso poderia ofender os
Tyrell.
— Porque julgais que eu o estou a fazer? — perguntara-lhe
desdenhosamente.
— Perdão, Vossa Graça — disse Sor Osmund.
— O meu irmão chamou mais homens de mantos dourados.
Abriremos uma passagem, não tenha medo.
— Não tenho tempo. Prosseguirei a pé.
— Por favor, Vossa Graça. Taena pegou-lhe no braço. — Eles
assustamıme. São centenas, e tão sujos.
Cersei beijouılhe o rosto.
— O leão não teme o pardal… mas é bom que os preocupem. Eu sei
que gosta bastante de mim, senhora. Sor Osmund, tenha a bondade de me
ajudar a descer. — Se soubesse que ia ter de caminhar, teria me vestido a
rigor. Trazia um vestido branco fendido com pano de ouro, rendado mas
recatado. Tinham-se passado vários anos desde a última vez que o envergara,
e a rainha achava-o desconfortavelmente apertado na cintura.
— Sor Osmund, Sor Meryn, acompanhem-me. Sor Osfryd, assegurese
de que nada de mal aconteça à minha liteira. — Alguns dos pardais
pareciam suficientemente descarnados e de olhos vazios para lhe comer os
cavalos.